31 de maio de 2017

Creme frio de legumes com cubos de frango panados

O nosso palato vai mudando, assim como a nossa forma de ver as coisas e de olhar para a comida. Ultimamente sabe-me bem comer sopa fria, antes ou em conjunto com a refeição.
E uma sopa fresca fica sempre bem em dias de calor.

Hoje vou partilhar aqui a recita da refeição completa.

Assim, para a sopa vão precisar dos seguintes INGREDIENTES:

200 g de folhas de espinafre lavadas
1 cebola
1 courgette pequena descascada
1/2 chuchu
2 floretes de couve-flor
3 dentes de alho
Salsa e coentros frescos a gosto
Água e sal q.b
Azeite extra-virgem
3 ou 4 folhas de menta

PREPARAÇÃO:

Descascar e cortar os legumes todos para a sopa.
Colocar tudo, excepto a menta no copo da Bimby, cobrir com água e temperar com o sal.
Programar 25 mins/ vel. 1/ temp. 100º.

Entretanto vamos preparar o resto.
Vamos precisar de :

INGREDIENTES:

Cubos de peito de frango q.b.
Espargos verdes
Cenoura
Mandioca
Coco ralado
Sumo de lima
Alho em pó
Louro
Sal
Água
Azeite

PREPARAÇÃO:

Temperar os cubos de frango com sal, alho em pó, a folha de louro partida e sumo de lima a gosto.

Entretanto, descascam-se as cenouras, a mandioca e os espargos (não costumo pelar os verdes, mas estes eram grossos e tinha receio que tivessem fio).
Numa frigideira anti-aderente, deitar um pouco de água e sal e colocar os legumes e deixar escaldar (deixar os legumes na água até começar a ferver).
Assim que começar a ferver, desliga-se e escorre-se a água.

Se a sopa já estiver pronta, colocam-se as folhas de menta e um fio de azeite.
Programa-se 1 min/ vel. 3-5-7. A sopa está pronta.

Para fazer os cubos de frango, coloca-se ao lume uma frigideira anti-aderente com um fio de azeite.
Coloca-se um pouco de coco ralado numa taça funda e um a um, passam-se os cubos de frango pelo coco.
Estando o azeite quente, colocam-se os cubos a fritar de todos os lados.

Para terminar os legumes, usa-se a mesma frigideira que usámos para os cozer.
Coloca-se um fio de azeite e acende-se o lume.
Deitam-se os legumes, polvilha-se com alho em pó e deixa-se dourar.

Servir a gosto!

Dor crónica e exercício físico

Quem sofre de dor crónica não tem uma vida fácil, porque ao contrário do que os "restantes mortais" possam dizer, temos mesmo dores constantes e persistentes. Por isso se chama de "DOR CRÓNICA!"

Pessoalmente o que me alivia é o exercício físico. Quando digo exercício físico não quer dizer que calce os ténis e desate a correr atrás do autocarro. Exercício físico pode ser simplesmente, fazer alongamentos, por exemplo. E tento quase todos os dias fazer um pouco de caminhada mas devidamente equipada (ver aqui). O meu problema, e penso que o problema da maior parte das pessoas com doença crónica, é saber até vai o nosso limite. Os "normais" (por normais, refiro-me aos não-doentes crónicos) poderão dizer "então mas é fácil perceber o limite! O limite é quando estás cansada!" Er...não!

Sabemos que o exercício físico é um excelente contributo para manter a qualidade de vida do doente crónico. Mas se por um lado o exercício pode ajudar no alívio da dor, por outro lado e ainda não percebi como nem porquê, há dias em que o exercício provoca o efeito adverso. Às vezes, insistir e dar "aquele" passo a mais, pode ser sinónimo de despoletar mais uma crise. Poderia assegurar os mais novatos dizendo que com o tempo consegue-se perceber, mas mais uma vez não trago boas notícias. O nosso corpo nunca reage da mesma forma aos mesmos estímulos e nas mesmas situações.

Então como perceber até onde se pode ir? Ou melhor, qual o limite de exercício para um doente crónico? A maioria dos médicos e terapeutas é unânime em recomendar a prática de exercício físico sobretudo a doente crónico. Certíssimo, mas dentro de algumas recomendações.

Se está a começar, o melhor é mesmo ir com calma. Tentar não perder o fôlego enquanto se exercita, é um bom ponto de partida. Uma das dicas que a reumatologista me deu foi, ao fazer o meu exercício, neste caso a caminhada, e indo com companhia, ser capaz de caminhar a um ritmo que me permitisse conversar ao mesmo tempo. E tem funcionado. Sempre que estico um pouco a corda, começo a dar-me conta de que vou deixando de conseguir falar. Aí a solução é mesmo abrandar até conseguir recuperar um pouco, mas não usar isso como desculpa para parar, tá?

Segundo os entendidos, ideal seria manter o ritmo cardíaco em cerca de 50 a 85% mais rápido do que o normal. Será um pouco acima da taxa de repouso, mas não será suficiente para desencadear um ataque de dores para a maioria das pessoas.

Outra dica interessante é, se der consigo a pensar que talvez esteja a abusar um pouco da sorte, provavelmente estará. O nosso subconsciente, apesar de muitas vezes não lhes darmos ouvidos, está lá para nos alertar. O meu, coitado tem sido muito maltratado porque sempre que ele me diz que talvez fosse boa ideia parar, eu armo-me em expert e continuo (maldito mau feito de não gostar de dar parte fraca!), até que no dia seguinte concluo sempre que afinal mais uma vez, o meu subconsciente tinha razão.



Actividades físicas indicadas para doentes crónicos:

- Alongamentos. O melhor e mais fácil que pode fazer por si é esticar-se. Já experimentou acordar e espreguiçar-se? Há quanto tempo não faz isso? O alongamento regular torna o tecido muscular mais flexível e saudável, o que pode reduzir a quantidade de dor que sente. E também ajuda a mover o sangue para os músculos, o que pode reduzir a dor e a rigidez que sente durante uma crise. tente adicionar os alongamentos à sua actividade física diária.

- Caminhadas. Não é preciso correr maratona, mas uma caminhada diária de 30 minutos 5 vezes por semana já trará benefícios. Será o suficiente para aumentar sua saúde cardiovascular, diminuir a pressão arterial e reduzir sua dor e rigidez articular e muscular. Eu tento sempre andar o máximo possível a pé, em vez de usar os transportes públicos. E 3 ou 4 vezes por semana faço a minha marcha nórdica (já coloquei o link lá mais acima) e faço no mínimo 6 kms (em dias mtooo bons, posso fazer 10)

- Hidroginástica. Exercitar-se numa piscina é realmente um bom exercício para pessoas com fibromialgia e dor crónica. Tem um menor impacto nas suas articulações do que correr ou andar, o que pode ajudá-lo a evitar ficar dorida(o) em pontos sensíveis. Também ajuda a aumentar a frequência cardíaca o suficiente para ser eficaz em dar-lhe todos os benefícios do exercício.

- Levantamento de pesos leves. Só a ideia de levantar pesos tendo dores, pode arrepiar qualquer um. Mas mais uma vez, a ideia não é fazer competição internacional. Comece com pesos baixos e lentamente faça o seu caminho até o corpo permitir. Um treino de pesos adequado pode realmente ter um impacto significativo no nível de dor de fibromialgia. Promove o fluxo de sangue para ajudar a regenerar os músculos e fortalece-os para lidar melhor com a dor no futuro.

- Pilates. Alguns dos benefícios gerais do método de Pilates é melhorar a flexibilidade do corpo e a saúde em geral, com ênfase no tronco, força, postura e coordenação da respiração com movimento, resistência muscular. abdominal e equilíbrio estático e dinâmico.

- Yoga. O yoga é uma óptima combinação de treino de força e alongamento, o que torna um excelente exercício para a fibromialgia pois fortalece os músculos e ajuda a promover o bom fluxo sanguíneo, o que reduz a dor. E os praticantes de ioga muitas vezes adicionam meditação ao exercício, que é conhecido por ser benéfico para lidar com crises de fibromialgia. Por ser um exercício de baixo impacto nas articulações, não levará a que se exercite demais e a desencadear um ataque de dor.

Não importa o tipo de exercício que escolha, importante é ouvir seu corpo e levar as coisas de forma lenta. Não se empenhe demais, ou corre o risco de piorar as coisas. E não se sinta na obrigação de manter ou atingir um nível que mantinha antes do seu diagnóstico ou de tentar acompanhar o ritmo dos seus amigos. Trabalhe a um ritmo que seja bom para si e não piora a sua dor.

O importante é que, independentemente do que escolher, mexa-se. Nem que seja um pouco de exercício moderado, pode fazer uma grande diferença na quantidade de dor que sente. A primeira reação de quando se sente dor é rastejar para a cama até que vá embora, mas forçar-se a exercitar nem que seja um pouquinho canininho, a fará desaparecer muito mais rápido. E lembre-se que tão ou mais importante do que decidir que tipo de actividade praticar, é mesmo decidir fazê-lo!

E finalmente, porque não somos todos iguais, que tipo de exercícios praticam?
O que vos alivia?
O que fazem fisicamente para reagir ou contrariar a dor?

29 de maio de 2017

Tarteletes de maçã, Paleo, AIP

Porque uma pessoa não vive só de sopas e legumes, de vez em quando apetece um "mimo". E se for confeccionado com os alimentos permitidos, então ainda melhor.


Desta vez saíram umas tarteletes de maçã. Andei à procura das formas de tarteletes, mas não as consegui encontrar. Com a certeza porém de que me irei cruzar com elas, assim que eu tirar daqui a ideia.


Mas quando não se tem gato, caça-se com lebre e eu não sou cá de me deixar levar por dificuldades técnicas!


Vão precisar de:


INGREDIENTES:

4 maçãs
50 g de farinha de coco caseira (receita aqui)
50 g de farinha de mandioca
100 g de óleo de coco + 20 g para as maçãs
50 g de leite de coco caseiro
150 g de água
Canela de Ceilão q.b.
Obs. - Não adicionei qualquer tipo de açúcar porque já não estou habituada, mas para quem ainda goste, pode adoçar com mel ou açúcar de coco.

PREPARAÇÃO:

Descascar 3 maçãs e cortá-las aos pedaços.
Vão o lume numa frigideira anti-aderente com a água, os 20 g de óleo de coco e a canela a gosto (o meu gosto pede bastante!).
O lume deve estar baixo para elas irem caramelizando devagar.




Entretanto, há que preparar a massa.
Eu fiz na Bimby, mas pode ser feito à mão.
Colocar as farinhas, o restante óleo de coco e o leite no copo.
Quando as maçãs estiverem caramelizadas, tira-se uma parte (cerca de 1/4 da quantidade) e junta-se às farinhas no copo da Bimby.
Programar 30segs/ vel.5.
A massa fica com esta aparência, tipo crumble.




Liga-se o forno a 180º.
Pincelam-se umas formas de cupcakes com óleo de coco.
Com as mãos fazem-se pequenos grumos de massa e cobre-se o fundo e as paredes das formas.
Coloca-se um pouco de maçã caramelizada em cada forma.




Descasca-se e corta-se a restante maçã em tiras muito finas e cobrem-se as tarteletes.
Pincelam-se novamente com óleo de coco e polvilham-se de canela.
Deu para 7 tarteletes.





Vão ao forno cerca de 25 mins.
Retiram-se do forno mas desenformam-se só depois de frios.
E ficam assim por dentro...



Espero que gostem!

28 de maio de 2017

Creme de abóbora assada

Uma vez que agora consumo muita sopa (tento consumir às 3 refeições), há que variar nos legumes, nas combinações e nas texturas. Desta vez fiz um creme de abóbora assada.


Comecei a gostar há pouco tempo de abóbora, mas só consigo comer abóbora manteiga e acho deliciosa. Acho muito versátil e com os condimentos ideais, pode trazer sabores surpreendentes.


Mas aqui o que interessa mesmo é a receita, certo?






INGREDIENTES:

300 g de abóbora manteiga
1 cebola grande
3 dentes de alho
2 folhas de louro
100 g de azeite extra-virgem

1/2 courgette grande descascada ou 1 pequena
3 floretes de couve-flor
Água q.b
Sal q.b


PREPARAÇÃO:


Pré-aquecer o forno a 180º.
Descascar e cortar em pedaços a abóbora, a cebola e os dentes de alho.
Num pirex, colocar o azeite, os legumes cortados, as folhas de louro, temperar com sal e levar ao forno para assar.




No meu (usei o pequeno) demorou cerca de 40 mins.
A meio do tempo, convém mexer para assar os legumes que ficaram virados para baixo.

Enquanto os legumes assam no formo, preparar os legumes para o creme base.
Cortar a courgette e a couve-flor e colocar a cozer.
Tapar com água e um pouco de sal (atenção que os legumes de forno também levaram sal).
Eu fiz na Bimby, cobri com água e programei 25 mins / vel. 1 / temp. 100º.

Findo esse tempo e se os outros legumes estiverem assados, juntar, tudo na Bimby e programar 1 min / Vel. 3-5-7.
Para quem não tem Bimby, basta juntar os legumes assados aos legumes da base e triturar com a varinha da sopa.
Rectificar os temperos e está pronto!

25 de maio de 2017

Rissóis Paleo, Auto-imune

Andava já a matutar nisto há dias quando estava a fazer outra receita. E não descansei enquanto não experimentei. E não é que deu certo à primeira?

Claro que se estão à espera de ter uma massa elástica como a original, esqueçam. Não leva ovo, nem manteiga, não há milagres. Mas mesmo assim correu muito bem e com boa vontade, chega-se lá!

Vão precisar de ...

INGREDIENTES PARA A MASSA:

250 g de batata doce cozida (eu costumo cozer no microondas, enrolada em papel de cozinha durante cerca de 5 mins, mas como estas eram grandes, programei 7 mins)
30 g de azeite extra-virgem
50 g de polvilho doce
130 g de farinha de mandioca
1 c. café de Flor de sal
Temperos a gosto (usei alho em pó e orégãos)

PREPARAÇÃO DA MASSA:

Descascar a batata cozida e colocá-la no copo da Bimby.
Juntar os restantes ingredientes, deixando um pouco da farinha de mandioca de parte e triturar 20 segs/ vel 5.
Dependendo da qualidade da batata, pode não ser necessária a quantidade da farinha indicada.
Rectificar os temperos e a consistência.
Tem de ficar uma massa espessa que suporte a manipulação com o rolo da massa.
Se estiver muito mole, basta ir juntando mais farinha de mandioca.

Fiz na Bimby mas também se faz bem noutro processador ou trituradora.





















INGREDIENTES DO RECHEIO:

Aproveitamento de carne já cozinhada (tinha cerca de 150 g)
1 cebola média
1 cenoura
2 colheres de sopa de azeite extra-virgem
Sal
1 dente de alho

PREPARAÇÃO DO RECHEIO:

Picar a carne e reservar.
Descascar e picar a cebola e a cenoura.
Juntar o azeite e deixar refogar um pouco.
Na Bimby triturei 5 segs / vel.5 e deixei cozinhar 5 mins /vel. 1 / temp. 100º.
No tacho o processo é o mesmo.
Depois de refogado, juntar a carne e deixar cozinhar um pouco.



MONTAGEM DOS RISSÓIS:

Se a massa estiver com a consistência adequada para o rolo, retiram-se pequenas quantidades de massa e estica-se sobre uma folha de papel vegetal para que ela deslize e estique sem quebrar.
Mais uma vez lembro que a massa não tem elasticidade, mas manipula-se muito bem.
Coloca-se um montinho de carne e dobra-se ao meio, cobre-se com a massa e recorta-se.
Repete-se o processo até acabar a massa.
Esta quantidade de massa deu para 12 unidades.



Para os cozinhar de imediato, liga-se o forno a 180º.


Quando estiver quente, vão ao forno cerca de 20 minutos num tabuleiro forrado com papel vegetal (no meu foi suficiente porque usei o forno pequeno que aquece mais rápido, mas estão bons quando a massa começar a dourar ligeiramente.)

Depois de cozinhados e ainda quentes, pincelam-se com azeite para dar um pouco de brilho.
E ficam assim...


A massa ficou com uma boa consistência, como podem ver pela foto.



Espero que gostem.
Bom apetite!



Patê de fígado de porco

Já andava com ela fisgada há algum tempo e ontem comprei fígado fresco a pensar nisso. Fiz iscas de cebolada e aproveitei para fazer mais para depois dar um jeito de fazer patê. Isto já é repetitivo mas as receitas que encontrei por aqui tinham todas ingredientes que eu, por andar a fazer o protocolo auto-imune, não podia consumir. Daí ter arranjado uma solução rápida mas muuuito eficaz! 😃



Assim fiz a receita que costumo fazer para as iscas (aqui).
Depois de frias, aproveitei as iscas e toda a cebolada.
Adicionei mais 2 pés de cravinho (ando quase viciada nesta especiaria) e 50g de azeite extra-virgem.
Piquei tudo na Bimby cerca de 10 segs na vel. 5.
Depois rectifiquei os temperos, adicionando um pouco de alho em pó (porque não posso usar pimenta) e já está!

24 de maio de 2017

Lista de alimentos permitidos no Protocolo Auto-imune

A primeira vez que li sobre o Protocolo tive a mesma reação que toda a gente "nem pensar em fazer isto, já não me bastam as doenças, ainda vou ter que abdicar daquilo que gosto!" O facto é que por questões de saúde, para me reequilibrar, comecei a ler mais sobre isto e decidi adoptar. Mas sempre que se fala no protocolo, e nos alimentos a eliminar (pelo menos até os sintomas da doença terem entrado em remissão e estarem estabilizados), dizem logo: "Qu'hórror! Assim não como nada!"
Por isso resolvi fazer uma lista exaustiva daquilo que de facto se PODE comer, e vão ver que não é assim tãooo redutora! Assim, fiz uma lista de TUDO o que se pode consumir.

Então vamos lá...

CARNES


- Vaca (cortes de cachaço, acém, maçã do peito, peito, chambão, mão, pá, lombo vazia, do peito, aba, alcatra, chã de fora, rabadilha, pojadouro, etc)
- Vitela
- Porco (chispe, perna, barriga, entrecosto, pá, cabaço, costeletas, vão, lombo, orelha, etc)
- Cabra
- Borrego
- Carne de caça - Javali, veado, coelho bravo, perdiz, faisão, pombo e pato bravo etc
- Aves - Frango, galinha, pato, peru, pombo, codorniz, etc
- Carne de órgãos - fígado, rins, coração, língua, mioleira, etc (idealmente 5 refeições/semana)

Obs. Procurar saber a origem da carne e dar preferência a carnes de pasto e de cultura sustentável, mas também não pode descurar o seu orçamento. Dentro disto, procure os cortes mais gordos e com osso (a gordura orgânica é altamente nutritiva, já a gordura de animais de cultura intensiva armazena toxinas).

PEIXES E FRUTOS DO MAR

Todos os peixes, mas privilegiando os mais ricos em ómega-3 tais como:
- Cavala (2,2 g por 100 g de peixe)
- Salmão (1,8 g)
- Anchovas (1,7 g)
- Arenque (1,6 g)
- Sardinha (1,5 g)
- Truta (1,4 g)
- Chicharro/carapau (1,1 g)
- Espadarte (0,7 g)
- Atum (0,7 g)

Mas também
- Cherne
- Badejo
- Cantarilho
- Enguia
- Congro
- Corvina
- Bacalhau seco e fresco
- Dourada
- Robalo
- Goraz
- Linguado
- Lúcio
- Garoupa
- Peixe espada
- Sarda
- Solha
- Pescada
- Sargo
- Xaputa
- Tamboril, etc.

Bivalves
- Ameijoa
- Mexilhão
- Berbigão
- Ostras
- Búzios
- Conquilha
- Lapa
- Burrié
- Vieira

Cefalópedes
- Choco
- Lula/ pota
- Polvo

Mariscos
- Santola
- Sapateira
- Navalheira
- Cadelinha
- Camarão
- Gamba
- Caranguejo
- Lagosta
- Lagostim
- Lavagante
- Ouriço
- Percebes

Obs. Tal como com as carnes, é importante procurar saber a origem do peixe e frutos do mar. Deve-se dar preferência aos frescos, mas na falta dos mesmos, congelados e em conserva também são permitidos, desde que os ingredientes sejam limpos e isentos de aditivos.

LEGUMES E VEGETAIS

- Couve
- Cenoura
- Couve-flor
- Aipo
- Acelga
- Cebola
- Chalota
- Pepino
- Abóbora
- Endívias
- Rúcula
- Espargos
- Brócolos
- Couve de Bruxelas
- Alho
- Coentro
- Gengibre
- Nabiça
- Grelos de couve e de nabiça
- Salsa
- Alcachofras
- Alho francês
- Cogumelos
- Quiabo
- Azeitona
- Nabo
- Rabanete
- Chuchu
- Batata doce
- Mandioca
- Courgette
- Alface
- Acelga
- Agrião
- Canónigos
- Espinafre
- Beldroegas
- Beterraba

ERVAS AROMÁTICAS

- Tomilho
- Estragão
- Rosmaninho
- Orégãos
- Endro
- Cerefólio
- Cebolinho
- Hortelã
- Manjerona
- Manjericão
- Louro
- Sabugueiro
- Verbena
- Alfazema
- Erva cidreira
- Camomila
- Segurelha
- Sálvia


ESPECIARIAS

Açafrão
Canela de Ceilão e de Cássia - casca
Cravo da Índia
Curcuma
Gengibre - raíz
Sal - mineral

FRUTA

- Amora
- Ananás
- Banana
- Abacate
- Kiwi
- Framboesa
- Mirtilo
- Maçã
- Pêra
- Alperce
- Ameixa
- Laranja
- Clementina
- Limão
- Toranja
- Manga
- Morango
- Nectarina
- Pêssego
- Papaia
- Uva
- Ameixa
- Melão
- Melancia
- Meloa
- Coco
- Marmelo
- Lichia
- Physalis
- Nêspera
- Romã
- Ruibarbo
- Dióspiro
- Anonas

Obs. Todas as frutas são permitidas, só é preciso algum cuidado para não ultrapassar os 20g de frutose/dia. dentro destes valores, dá uma média de 2 a 3 peças de fruta/dia, dependendo das escolhas que faça. Também não convém comer a fruta de forma isolada pois a fruta faz subir os níveis de insulina e picos de insulina aumentam os sinais inflamatórios.

ARTIGOS DA DESPENSA

- Gelatina neutra
- Agar-agar
- Vinagre de sidra
- Azeite extra-virgem
- Óleo de coco
- Óleo de abacate
- Bebida vegetal de coco
- Banha de porco (atenção à origem)
- Polvilho doce e/ou azedo
- Farinha de mandioca
- Farinha de araruta
- Farinha de alfarroba
- Pectina
- Fruta seca sem aditivos (tâmaras, alperces, figos, passas de uva, etc)
- Mel biológico
- Açúcar de coco
- Xarope de bordo
- Chicória
- Chás (todos são permitidos, mas evitar os chás com cafeína em caso de fadiga adrenal)
- Bicarbonato  de sódio
-Cremor tártaro

ALIMENTOS FERMENTADOS

- Legumes e frutas fermentadas
- Kombucha
- Kefir de água

Estes são os alimentos PERMITIDOS, para saber quais os alimentos e eliminar no protocolo, ver aqui.

NOTA - Esta lista é válida para a primeira fase do protocolo, ou seja, a fase de eliminação. Só depois da estabilização dos sintomas, procede-se à reintrodução dos alimentos eliminados.

Fontes: http://www.cavemanchefs.com/wp-content/uploads/2017/04/AIPfoodlist.pdf
             http://www.phoenixhelix.com/2013/06/02/paleo-aip-grocery-list/
             http://autoimmunewellness.com/whats-in-whats-out-on-aip-answers-to-tricky-foods/
             https://www.thepaleomom.com/start-here/the-autoimmune-protocol/

Creme de espargos brancos

Adoro esta sopa por ser muito ligeira e cremosa e porque se come em qualquer altura, verão ou inverno. Só não a faço mais vezes porque aqui infelizmente o preço dos espargos é proibitivo. mas como apanhei uma boa promoção, desta vez não escaparam.

Claro que não pude fazer a receita original que leva natas, mas quando se quer contornar um obstáculo, consegue-se.

INGREDIENTES:

500g de espargos brancos
1 cebola
3 ou 4 floretes de couve-flor
2 dentes de alho
Azeite extra-virgem
Água e sal q.b.

PREPARAÇÃO:

Cortar os espargos pelo talo (dobrar a ponta até partir, o que ficar de fora, não se aproveita).
Com o descascador, descascar o corpo dos espargos só até à cabeça. (Nos verdes não costumo fazer isto porque são mais tenrinhos)
Descascam-se as cebolas, os alhos e arranja-se a couve-flor.
Colocam-se os legumes cortados no copo da Bimby, coloca-se o sal e cobre-se com água.
Programa-se 25 min / temp 100º / vel 1.
No fim desse tempo, juntar azeite a gosto e triturar 1 min / vel.3-5-7.

Decorei com espargos verdes salteados porque era o que tinha no frigorífico.

Obs. Também fica muito bom se fritar bacon na própria gordura e no fim em vez de azeite, juntar a gordura do bacon e o bacon às tirinhas (mas isto para quem não esteja a cumprir o protocolo!)

23 de maio de 2017

Salsichas frescas caseiras

Já tinha visto esta receita na net, em alguns grupos, mas não fixei ingredientes nem quem publicou. Sei que na altura comentei com uma amiga e guardei a ideia na minha gavetinha mental. Por sorte voltei a lembrar-me dela. Não fazia a mínima ideia se ia resultar ou não, mas como gosto de experimentar (nem sempre corre bem), lá meti mãos à obra.



Sem grandes explicações, fiz assim:

INGREDIENTES:

800g de peito de frango (tinha comprado em promoção)
1 colher de sobremesa de sal marinho
Salsa, coentros e orégãos a gosto
1 colher de sobremesa de alho seco
1 colher de sobremesa de cebola desidratada
50g de azeite extra-virgem

PREPARAÇÃO:

No copo da Bimby coloca-se a carne e pica-se na vel.5 até ficar desfeita.
Adicionam-se os restantes ingredientes e pica-se 5 segs/ vel 5.
Rectificar os temperos.
Para quem possa consumir outras especiarias, pode adicionar a gosto, mas eu cá no protocolo, não posso.






Depois de tudo picado, fazem-se pequenos rolinhos de carne em forma de salsicha com papel vegetal.








Entretanto, e porque eu queria aproveitar o vapor da cozedura, preparei uns espargos e cenouras e coloquei no copo da Bimby.





Coloquei cerca de 700g de água no copo temperada com sal, depois o cesto com os legumes, tapei e por cima coloquei a Varoma com os rolinhos.

Programei 25 min / temp Varoma/ vel.1.

No fim desse tempo, deixam-se arrefecer as salsichas ligeiramente para sair o vapor.




Por fim, desembrulhei duas e fritei-as num fio de azeite.
Por dentro ficaram assim...




As restantes, deixei arrefecer completamente e congelei-as para uso futuro.



Bon appétit!

Café...porque não entra no protocolo auto-imune


São bem conhecidos os benefícios do café na prevenção de doenças cardiovasculares, da depressão, na prevenção de infecções bacterianas resistentes a antibióticos, da cirrose hepática, da gota, prevenção de cálculos biliares e da doença de Parkinson e de Alzheimer. Pode até mesmo reduzir a dor muscular depois de um treino! Na comunidade paleo, estes benefícios são frequentemente citados para racionalizar os nossos vícios (o café contém psicotrópicos suaves) para esta bebida deliciosa.

Mas não é bem assim. Tecnicamente, o café vem de uma semente. E as sementes não fazem parte do protocolo paleo auto-imune. As sementes tendem a conter compostos protectores para evitar a digestão e assim garantir a sobrevivência das espécies de plantas. No caso do trigo, esses compostos provocam uma maior permeabilidade intestinal e estimulam o sistema imunitário a aumentar a inflamação e potenciam a formação de anticorpos, o que é claramente prejudicial para a nossa saúde.

O café é muito rico em antioxidantes e polifenóis. Muitos dos benefícios do café são atribuídos a essas substâncias. Esses químicos também são encontrados abundantemente em frutas e legumes, razão pela qual uma dieta rica em matéria vegetal tem praticamente a mesma lista de benefícios para a saúde como o café (até mais). Alguns dos benefícios advêm da cafeína (daí que chás ricos em antioxidantes e polifenóis também contenham cafeína). Estes benefícios no entanto, não se encontram no café descafeinado pois o processo de descafeinação tende a retirar do café não só grande parte do seu teor de cafeína, mas também muitos dos seus antioxidantes e polifenóis (deixando para trás algumas das substâncias mais nocivas que podem ser encontradas no café). A descafeinação do café é um processo que usa solventes para extrair a cafeína - não é propriamente algo recomendável para ninguém.

Uma grande percentagem de pessoas relata que o café lhes cai mal no estômago ou lhes dá azia. Isso acontece porque o café estimula a secreção da principal hormona do estômago chamada gastrina, provocando a secreção excessiva de ácido gástrico e acelerando o peristaltismo gástrico (mesmo o café descafeinado). O café também estimula a libertação da hormona colecistocinina (CKK), que estimula a libertação da bilis da vesícula biliar. Num indivíduo saudável, esta libertação de sais biliares é provavelmente suficiente para neutralizar o quimo altamente ácido. No entanto, as deficiências na função da vesícula biliar estão associadas à síndrome metabólica 3. No caso da função da vesícula biliar reduzida ou do consumo excessivo de café, o quimo altamente ácido viaja através do intestino delgado, onde irrita e inflama o revestimento dos intestinos. Daí que nestes casos, não seja recomendado o seu consumo simples, mas sim a acompanhar alimentos.

Um dos efeitos prejudiciais do consumo de cafeína (seja a partir de café, chá, chocolate ou bebidas energéticas) é o efeito que tem sobre o cortisol. A produção excessiva de cortisol pode levar a uma variedade de problemas de saúde, incluindo um sistema imunológico hiperactivo, perturbações do sono, dificuldades digestivas e depressão. A cafeína actua aumentando a secreção de cortisol e aumentando a produção da hormona adrenocorticotrófica pela glândula pituitária. Ao consumir cafeína, o nível de cortisol aumenta (dependendo da sua gestão de cortisol e de quanta cafeína consome) e pode permanecer elevado por até 6 horas. Com o consumo diário, o seu corpo vai adaptar-se ao consumo e produzir menos cortisol, mas nunca se pode falar numa tolerância total à cafeína. Se é um consumidor habitual de cafeína, o seu cortisol aumentará mais dramaticamente em conformidade com os seus níveis de stress. Ou seja, se é uma pessoa que tem alguma dificuldade em gerir os seus níveis de stress, talvez deva repensar se vale a pena continuar a consumir.

Estudos mostram que o consumo moderado de café em indivíduos saudáveis se correlacionava com o aumento dos marcadores de inflamação no sangue (aqui). As pessoas que beberam mais de 200 ml de café diariamente (equivalente a 37,3 mg de cafeína) aumentaram a circulação de glóbulos brancos e várias citocinas inflamatórias (mensageiros químicos da inflamação). Quando as citocinas circulam no sangue, causam uma inflamação de baixo nível em todo o corpo. Esta inflamação sistémica crónica é exactamente uma das situações que tentamos evitar com a adopção de uma dieta paleo! Estes aumentos nos marcadores de inflamação foram persistentes mesmo depois de se ajustarem a outros factores de saúde e estilo de vida (tais como idade, sexo, peso, exercício e tabagismo).

Se sofre de doença celíaca ou sensibilidade ao glúten, deve ter um cuidado extra ao consumir café. Estudos da Cyrex Labs mostram que, para pessoas que produzem anticorpos IgG ou IgA contra glúten (ou seja, têm sensibilidade ao glúten), o café é o alimento reactivo mais comum. porque há um elevado grau de homologia entre algumas proteínas de café e o glúten ( significa que as proteínas parecem muito semelhantes, por isso, se seu corpo produz anticorpos contra o glúten, estes são mais propensos a reconhecer as proteínas do café). Sensibilidades alimentares são uma das principais questões que impede o corpo de curar completamente após a adopção de uma dieta paleo. Se a sua saúde não está a melhorar tanto quanto esperava depois de ter aderido à dieta paleo, e se ainda por cima é sensível ao glúten, o café pode ser um dos responsáveis.

O café interfere com os níveis de açúcar no sangue. Em pessoas jovens e saudáveis, é improvável que a ingestão moderada de cafeína afecte demasiado os níveis de açúcar no sangue, mas para alguns tipos de AI, beber café provoca picos de insulina e de glicose no sangue após as refeições. Ao longo do tempo, a sensibilidade à insulina diminui, tornando mais difícil para o corpo responder aos picos de glicose no sangue quando eles ocorrem.
Então, deve-se ou não continuar a consumir café? Depende. Se é uma pessoa muito saudável, e se perdeu a maior parte do peso que precisa perder, tem as suas hormonas controladas e o seu intestino está regenerado e saudável, o café (consumido com moderação) pode até ser eventualmente benéfico. Este benefício é provavelmente comparável a beber chá e / ou consumir uma dieta rica em matéria vegetal. No entanto, nas pessoas que estão a começar a sua viagem paleo, especialmente as pessoas com evidência de distúrbios metabólicos, desistir do café pelo menos durante algum tempo, provavelmente vai acelerar o processo de cura. Além disso, a cafeína em geral é contra-indicada para aqueles com fadiga adrenal. A relação da cafeína e das glândulas supra-renais é que ela as estimula excessivamente, o que leva a mais fadiga. Uma pessoa pode adquirir o hábito de usar cafeína continuamente para manter a sua energia estável, que pode até funcionar temporariamente, mas a longo prazo provoca o efeito contrário. Isso pode levar a sintomas adrenais, como dificuldade de acordar de manhã, fadiga não aliviada pelo sono, letargia, diminuição da capacidade de lidar com o stress, aumento do tempo de recuperação da doença, depressão, flutuações de energia e insónia, entre outras coisas. Ter uma doença auto-imune já é um stress enorme para o corpo, e remover o café (e toda a cafeína) da equação, ajuda o nosso corpo a controlar o stress mais facilmente.

Para quem tem problemas de tiróide de origem auto-imune, deve ter cuidados redobrados, pois a cafeína afecta a absorção dos medicamentos para a tiróide. A levotiroxina (o tratamento farmacológico padrão para hipotiroidismo) é absorvida no trato gastro-intestinal. Um estudo de 2008 (aqui) mostrou uma clara correlação entre combinar a ingestão de café expresso com medicação para a tiróide e diminuição da absorção dos seus efeitos.

Pessoas com doenças auto-imunes devem ter especial cuidado com o consumo de café uma vez que os seus sistemas são particularmente sensíveis a estimulantes e têm uma probabilidade muito maior de ter uma resposta imune ao café (porque têm uma probabilidade muito maior de intolerância ao glúten e sensibilidade alimentar em geral). Assim sendo, o consumo de café deve ser encarado com alguma cautela.

Assim sendo, existem algumas alternativas ao café durante a fase de eliminação do protocolo paleo auto-imune:

Chicória / dente de leão - Se ainda não experimentou, prepare-se para ser surpreendido - esta é a alternativa mais idêntica ao café. A chicória e o dente-de-leão torrados têm uma amargura e acidez semelhantes ao café, mas não têm cafeína. Na verdade, ambas as raízes contêm propriedades que ajudam na desintoxicação do fígado, por isso incluí-los na sua rotina pode realmente ser uma maneira cuidar do seu fígado.

Chá - É uma escolha intuitiva, mas trocar café por chá é uma das alternativas mais fáceis. Se está a fazer o desmame do café mas ainda gostaria de consumir alguma cafeína, tente um pouco de chá preto, ou verde (com cuidado, uma vez que o chá verde pode estimular o sistema imunológico e despoletar crises em algumas pessoas). Boas alternativas à base de plantas, e sem cafeína incluem rooibos, camomila, hortelã-pimenta e alcaçuz.

Caldo de osso (bone broth) - Para aqueles que ainda não se converteram ao caldo, substituir o café por um copo de caldo quente pela manhã pode parecer estranho, mas é de longe a maneira mais nutritiva para começar o dia. O caldo de osso contém muitos nutrientes que contribuem para a cura do intestino, como colagéneo, gelatina e minerais como cálcio e magnésio.

Infusão de limão e gengibre - É uma das melhores bebidas anti-inflamatórias, e usando a raiz fresca para fazer uma infusão é uma óptima maneira de começar o dia.

Bebidas probióticas - não promovem propriamente o sentimento "quente" e "aconchegante" que o ritual do café da manhã geralmente proporciona, mas podem ser uma excelente opção para os meses mais quentes (ou se não se importa de beber bebidas frias pela manhã). Faça o seu próprio Kombucha ou água de Kefir para obter uma dose diária de probióticos.


Fontes:
http://autoimmunewellness.com/kicking-the-coffee-habit/
http://autoimmunewellness.com/six-alternatives-coffee-autoimmune-protocol/
https://www.thepaleomom.com/pros-and-cons-of-coffee/
http://www.sarahwilson.com/2015/02/10-reasons-why-coffee-might-not-be-great-if-you-have-autoimmune-disease/
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